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8 de Maio de 2024

“Fator decisivo para crescimento de escritório é o atendimento”

Publicado por Consultor Jurídico
há 10 anos

Quando se propôs a fazer uma lista com os dez maiores escritórios de advocacia do Brasil, há quase uma década, o jornalista Alexandre Secco imaginou que uma simples busca na internet o ajudaria. Não foi bem assim. Se o setor não conhecia todos os seus gigantes, hoje ele não só sabe quem é quem, como também está mais organizado, mais estruturado e apoiado em indicadores objetivos para saber para onde ir.

Em certa medida, essa mudança se deve a publicações como o anuário Análise Advocacia, pioneiro em lançar luz sobre os escritórios e advogados mais admirados segundo as maiores empresas do Brasil e da qual Secco é editor. “Há um grande número de escritórios médios e poucos grandes que não têm a mesma visibilidade. Indicadores desse tipo são extremamente benéficos, porque coloca essas pessoas no mapa”, diz.

Seu trabalho faz dele um observador privilegiado das transformações do setor. A principal delas, aquela que ajudou a catalisar: “Não existe setor econômico organizado que não tenha seus índices, seus indicadores. O mercado de advocacia não tinha, hoje tem”, avalia.

De acordo com os critérios da Análise, executivos de 1,7 mil empresas, que abrangem 66 diferentes setores da economia, são convidados a responder quais são as bancas e profissionais que mais admiram. A partir disso, Secco e sua equipe fazem uma "fotografia" do quadro atual da elite da advocacia do Brasil.

Diante de um setor em lenta, mas constante, mutação, Secco, que não é dado a vaticínios, só consegue apontar uma "fórmula": atendimento é o fator decisivo para o crescimento de qualquer escritório. “Acompanhamos nesses dez anos uma série de estratégias, alternativas, sacadas, e o que a gente observou como elemento essencial é o bom atendimento, uma prestação de serviço jurídico adequado”. Fora isso, prefere deixar para o mercado dizer se as apostas deram certo.

Ele reconhece que há margem para transformações com as novas possibilidade oferecidas pela tecnologia, mas não acredita em nenhuma revolução. Secco vai na mesma linha ao falar do marketing jurídico. Nesse caso, ele vê certo comodismo do setor em se conformar com as restrições impostas pela Ordem dos Advogados do Brasil. “A OAB não deixa cinco coisas, mas existem outras 58 mil que podem ser feitas”.

O jornalista também não se empolga com a agitação em torno da mediação e arbitragem — este último, considerado por ele, um modelo caro e nem tão rápido quanto apregoam. Em visita à revista eletrônica Consultor Jurídico, Secco compartilhou suas perspectivas sobre o mercado.

Leia a entrevista:

ConJur — O que mais mudou no mercado da advocacia nos últimos dez anos?
Alexandre Secco — Naquela época a gente falava o que estava na moda era o escritório empresa — uma coisa que as pessoas repetiam, mas pouca gente sabia o que isso significava. Naquele momento, os escritórios começaram a achar bacana importar práticas de grandes empresas, mas que não funcionavam direito quando chegavam às bancas. Essa crise de identidade já está resolvida. Os escritórios hoje são administrados de uma forma mais adequada: são pessoais até o nível que devem ser e não querem mais copiar a Volkswagen.

ConJur — O que o escritório precisa para crescer hoje em dia?
Alexandre Secco — O fator decisivo, como sempre foi, é o atendimento. A forma como o cliente é atendido define mais do que tudo para onde se vai. Acompanhamos nesses dez anos uma série de estratégias, alternativas, sacadas... O que a gente observou como elemento essencial é o bom atendimento, uma prestação de serviço jurídico adequado. Não estou dizendo nem barata. Estou dizendo adequada, bem feita. Eu acho que esses escritórios foram aqueles que cresceram mais nestes últimos tempos e eu acredito que vão continuar sendo aqueles que vão progredir.

ConJur — A receita é antiga. Fora isso, alguma novidade?
Alexandre Secco — Vários escritórios fizeram apostas se deram bem, em teses tributárias, em questões constitucionais e por aí vai. Os criminalistas ganharam dinheiro como nunca em função de características do Brasil novo. É óbvio que existem nichos e oportunidades bem específicas. Mas essas são oportunidades que você precisa de feeling. Se eu souber dizê-las, não vão ser mais uma oportunidade, porque, assim como eu, outros 300 já perceberam. Esse tipo de negócio está muito associado a uma percepção imediata de oportunidade que ele sempre vai haver. Mas se pensarmos em uma receita para crescimento continuado e orgânico, como dizem, é o atendimento, não tem jeito.

ConJur — Como se dá esse crescimento?
Alexandre Secco — As pessoas crescem por aquisição. Hoje existem alguns profissionais no mercado brasileiro que o negócio deles não é propriamente a advocacia, mas é o negócio do Direito. Eles encontram boas oportunidades de escritórios no interior, compram esses escritórios, turbinam e depois revendem. Da mesma forma que você faz negócio com qualquer outr...

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