Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
25 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Os argumentos oficiais de Dilma para o debate eleitoral

    Publicado por Consultor Jurídico
    há 10 anos

    Em toda disputa eleitoral majoritária, a oposição tem o monopólio da crítica. São os donos do estilingue. Mas só a situação tem resultados para apresentar. Os aspectos a analisar são multifacetados. Mas ao menos do ponto de vista do Departamento Intersindical de Apoio Parlamentar (Diap), as armas da candidatura governista são consistentes e atenderam, em parte, bandeiras antigas do movimento sindical.

    Nesse campo, a oposição terá muito trabalho para desalojar o PT, porque o governo da presidente Dilma tem o que mostrar e dispõe de tempo de rádio e tevê para isto. Este texto resume os prováveis argumentos oficiais da campanha.

    Por enquanto, segundo a opinião do staff presidencial, as pesquisas têm captado a percepção do eleitor sobre o governo somente a partir do que ele vê ou lê nos veículos de comunicação da grande imprensa, cuja má vontade com o atual governo é notória.

    Na próxima etapa, mais precisamente depois do início do horário eleitoral, ainda segundo a visão oficial, o eleitor vai ter oportunidade de passar do diagnóstico, que é apresentado como muito ruim, para o prognóstico, ou seja, para a fase em que poderá estabelecer comparações, inclusive indagar sobre o que fariam os candidatos de oposição, caso estivessem no governo, num ambiente de crise econômica internacional como o de agora.

    Nesses momentos ou períodos de crise só existem duas receitas para enfrentá-la: fazer um forte ajuste, que reduza emprego, renda e gastos sociais e coloque o país em profunda recessão, ou promover políticas anticíclicas, com incentivos fiscais, monetários e creditícios a setores da atividade econômica para reduzir os impactos negativos da crise sobre o País.

    Outro elemento que certamente estará presente no debate eleitoral, além do programa e das posições pessoais dos candidatos, será o pensamento econômico e social dos principais colaboradores que estão em torno dos presidenciáveis, muitos dos quais farão parte da equipe de governo e terão forte influência na definição das políticas públicas.

    Assim, os escritos e as declarações de assessores, conselheiros e coordenadores de campanha de alguns candidatos, que defendem medidas impopulares como o fim do aumento real do salário mínimo e a completa desindexação da economia, com a eliminação de reajustes automáticos, que pode atingir o próprio salário e o os benefícios previdenciários do INSS, também estarão presentes no debate eleitoral.

    O fato é que, apesar da crise que assola o país durante todo o mandato presidencial, no quesito realizações, de acordo com dados e informações oficiais e conforme box anexo a este texto, o governo Dilma teria muito o que mostrar, especialmente em doze áreas, como: 1) relações trabalhista, previdenciária e sindical, 2) emprego/salário e renda, 3) transparência, controle de combate à corrupção, 4) educação, 5) saúde, 6) habitação, 7) programa de inclusão social, 8) políticas afirmativas, 9) setor empresarial, 10) infraestrutura, 11) combate à seca, e 12) política macroeconômica.

    A oposição, ainda na opinião de fontes oficiais, acusa o governo de intervir na lucratividade dos negócios sob concessão estatal, de condescendência com a corrupção, de ampliação do gasto público, de negligência com a inflação, de maquiar as contas públicas para atingir superávit primário, de ter feito gasto excessivo na Copa, de produzir baixo crescimento econômico e de gestão temerária na área de energia e petróleo.

    Parte dessas acusações, na visão do governo, são absolutamente infundadas, em particular os casos da denúncia de maquiagem das contas públicas, de suposta condescendência com desvio de conduta e de negligência no combate à inflação. Estas acusações fazem parte da luta política. E quanto a outros aspectos, ainda conforme opinião oficial, o governo poderia responder que fazem parte ou estão incluídos entre as ações anticíclicas para evitar a recessão e a eliminação de empregos e redução da renda.

    Essas fontes reconhecem que nos marcos regulatórios de algumas concessões públicas, especialmente de energia e portos, houve alguma interferência na margem de retorno, assim como aconteceu com o sistema financeiro no caso do spread bancário, via concorrência com entes estatais. Mas o governo tenta desfazer esse mal-entendido, que fez com que o setor empresarial criasse uma imagem distorcida, a ponto de afirmar que o governo é contra o lucro, o mercado e a iniciativa privada. A prova disto, ainda segundo as fontes oficiais, é de que não adotou o mesmo padrão para o marco de mineração enviado ao Congresso, e o setor empresarial tem lucrado como nunca durante os governos do PT.

    Em relação aos gastos com a Copa o governo se diz absolutamente confortável. Primeiro, porque dos R$ 28 bilhões gastos, apenas R$ 8 bilhões foram em estádios. Não entrou dinheiro da União, exceto por empréstimo. Os estádios construídos com recursos dos governos estaduais são multiuso e serão utilizados para atividades culturais, de lazer e de recreação da população, e os construídos com...

    Ver notícia na íntegra em Consultor Jurídico

    • Sobre o autorPublicação independente sobre direito e justiça
    • Publicações119348
    • Seguidores10989
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações32
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/os-argumentos-oficiais-de-dilma-para-o-debate-eleitoral/130258561

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)