Provas testemunhais são frágeis para condenação, dizem criminalistas
O testemunho de quem está envolvido nos fatos não serve de comprovação de prova alguma. A afirmação é do criminalista Paulo Sérgio Leite Fernandes . Segundo ele, para que uma prova testemunhal seja forte, é necessário que a testemunha seja desinteressada sobre os fatos. O advogado diz que isso não acontece no caso da Ação Penal 470, processo do mensalão.
Paulo Sérgio Fernandes afirma que as provas testemunhais do mensalão são muito frágeis, por virem sempre de pessoas que, minimamente, fazem parte daquele círculo, tendo interesses diretos ou indiretos na acusação.
A procuradora da República Janice Ascari disse ao jornal Folha de S.Paulo , que não há hierarquia entre prova testemunhal, pericial e documental. Tal hierarquia não existe no Código de Processo Penal, concorda o criminalista Fábio Tofic . Porém, todas as provas estão sempre sujeitas a contraprovas, diz ele, e testemunhos são mais fáceis de contra-argumentar do que documentos.
O criminalista e colunista da revista Consultor Jurídico , Luiz Flávio Gomes, concorda que a prova testemunhal é a mais frágil das provas. Isso porque ela pode facilmente se mostrar desconexa, não apresentar números ou pontos específicos. É por isso, segundo o professor, que só com prova testemunhal, dificilmente alguém é condenado por corrupção.
Provas documentais, como as obtidas pelas quebras de sigilos bancário e telefônico de acusados, seriam mais fortes para este tipo de condenação, explica ele.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo , o ministro ...
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