Nova lei deve zerar jurisprudência sobre mineração
Uma tempestade se ensaia no horizonte do regime jurídico da mineração brasileira. Essa é a visão do setor produtivo em relação à proposta para um novo março regulatório da mineração anunciada em 2010 pelo governo federal. A elaboração do novo março ficou a cargo do Ministério das Minas e Energia e começou a ser concebido ainda no segundo mandato do governo Lula.
Em encontro realizado na sede do escritório Pinheiro Neto em Brasília, representantes da indústria mineral, geólogos e advogados expressaram sua preocupação em relação a um futuro próximo descrito como desolador. A razão alegada para tamanho pessimismo é a falta de transparência do governo ao conduzir uma revisão extrema da legislação mineral no Brasil. A falta de diálogo com o setor, a ausência de iniciativas de promover debates com a sociedade civil, sobretudo com entidades científicas, acadêmicas, insitiuições privadas de classe e sindicatos da área são alguns dos motivos para alarme.
Mas o que mais preocupa o setor são as justificativas do governo para a reforma da legislação mineral. São ideias alheias, segundo eles, a dados objetivos. Trata-se de conclusões comprometidas por uma visão ideologizada e preconceituosa da área da mineração, apontaram os participantes do encontro ocorrido em Brasília há pouco mais de uma semana.
Representantes do setor afirmam que o esforço de mudar as regras de acesso ao subsolo do território nacional tem o intuito de permitir ao governo uma maior participação e capacidade de intervenção na área. A ameaça é nada menos do que a própria descontrução do setor mineral no Brasil, alertam.
Trata-se, na visão deles, de uma solução de continuidade, isto é, fazer com que a jurisprudência sobre mineração no país seja zerada, sob a desculpa de se combater especuladores sem responsabilidade social, rótulo facilmente colado aos pesquisadores e empreendedores da área, apontam empresários e representantes do setor de prospecção mineral.
O cenário, tal como está desenhado, é desolador, lamentou Elmer Prata Salomão , presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), durante o encontro. A mineração é um ente desconhecido no governo, acrescentou Marcelo Ribeiro Tunes , diretor do Instituto Brasileiro de Mineração, sobre a falta de know-how do governo na área.
Tunes alerta que qualquer mudança no regime de outorga de direitos de pesquisa e exploração mineral no Brasil não pode por em risco, em primeiro lugar, a segura...
Ver notícia na íntegra em Consultor Jurídico
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.