Juízes detectam discriminação religiosa implícita em decreto de Trump
O segundo decreto presidencial do presidente Trump, que barra a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana, segue o destino do primeiro: foi barrado nos tribunais. Nesta quinta-feira (16/3), um juiz federal em Maryland bloqueou o decreto, no dia em que deveria entrar em vigor. Na quarta-feira, um juiz federal no Havaí já havia feito a mesma coisa.
O primeiro decreto morreu por algumas causas, sendo a principal a discriminação religiosa, proibida pela Constituição. Esse decreto visava muçulmanos de sete países. No segundo, o governo Trump tentou escapar desse impedimento, não mencionando, em lugar algum, a palavra “muçulmano”.
Mas nenhum dos dois juízes se deixou iludir. Para sustentar suas decisões, eles se basearam em declarações feitas por Donald Trump e associados ao longo da campanha eleitoral e de seu governo, que evidenciaram o propósito de banir a entrada de muçulmanos no país. Essa foi uma promessa campanha, que Donald Trump vem se esforçando para cumprir, de uma forma um tanto atrapalhada juridicamente.
O jornal The Washington Post destacou sete exemplos de declarações citadas pelos juízes em suas decisões, que ligariam o decreto que se abstém de citar explicitamente os muçulmanos com o fato de que ele é, na realidade, destinado a barrar a entrada de muçulmanos no país. Foram declarações que, para os juízes, caracterizam a discriminação religiosa:
1) “Um bloqueio total e completo da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos”
Um comunicado à imprensa dis...
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